REFLEXÕES - Fotografia X Smartphone dá pra comparar?

Uma das questões que têm chamado a atenção dos fotógrafos de plantão é o fato de que, atualmente, a maioria dos gadgets tecnológicos vêm com "Câmeras Fotográficas" o que leva, fatalmente, mais pessoas a produzirem "fotografias" mesmo sem ter ideia do que é, de fato, Fotografia. Nada contra e tudo a favor, contudo, vale a pena refletir a respeito.

Ao longo de minha carreira acadêmica, boa parte dela, foi dedicada ao ensino da Fotografia. Comecei esse percurso com a Fotografia Analógica e, por sorte, cheguei à Fotografia Digital. Digo sorte por ter vivenciado essa transformação de meios, modos e processos passo a passo. Minha condição de professor, também possibilitou que delimitasse um campo de investigação que chamo de Pensamento Fotográfico. Em síntese, esse campo corresponde às reflexões desenvolvidas para entender e processar as relações entre os aspectos técnicos e os aspectos conceituais da fotografia como modo de entende-la enquanto processo e significação.

Como dizia Lavoisier: Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma! Obviamente não coloquei a parte em que ele dizia: na Natureza, mas acredito que essa constatação serve muito bem para a ciência, a cultura e, principalmente, para a Arte.

Voltando ao assunto: um Smartphone tem mesmo uma câmera fotográfica?
A resposta mais honesta, direta e simples é: NÃO!

Já que fotografia é Imagem, como bom professor devo explicar o que isso significa. Primeiro é necessário “rebobinar o filme”, retroceder ao momento em que o ser humano criou a Imagem.

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Animais na caverna de Altamira, Espanha, as primeiras imagens encontradas produzidas na pré-história.
As primeiras imagens surgiram na pré-história e mostram figuras de animais, seres humanos esquematizados e formas nem sempre reconhecíveis. São construções visuais realizadas por meio de diversos materiais, sejam em pinturas e desenhos realizados nas superfícies das cavernas ou gravadas e esculpidas em pedaços de madeira, ossos ou ainda modeladas em argila. Uma questão que sempre incomodou os estudiosos foi: por que ou para que tais imagens eram realizadas? Várias hipóteses foram aventadas para responder a isso, contudo, continuamos sem respostas. De modo geral acredita-se em algumas linhas: uma que justifica tais criações como parte de rituais em que as imagens eram realizadas para propiciar a caça, dai a teoria da Magia Propiciatória; outra seria simplesmente o interesse funcional que movia o ser humano a reproduzir tais animais para cultuá-las e outra opção seria simplesmente, por que admiravam estes animais e, ao recriá-los, buscavam uma função essencialmente estética, logo, artística. Quaisquer linhas adotada para explicá-las é plausível. No entanto, olho para sua essência significativa e não para suas possíveis finalidades. Adoto uma postura pragmática, quase um mantra, cujo resumo é: Imagem é uma configuração visual geradora de sentido.

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Imagens pré-históricas, encontradas no Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí, Brasil. 
Imagem, do latim imagine, se refere àquilo que se assemelha a com alguma coisa conhecida ou algo idealizado.
A ideia de semelhança, contida na imagem, remete a possibilidade de aproximação com algo pré existente, nesse sentido, ela substitui algo que pode não estar ali. Sendo assim é capaz de imitar, simular outra coisa, dai surge o conceito de representação, aquilo que está, se projeta, se refere, se coloca em lugar ou em nome de outrem.

A apreensão visual dos aspectos luminosos e espaciais do meio depende da visão, do olho humano. Tal apreensão é realizada pelos olhos e enviadas ao cérebro onde são transformadas em informações imagéticas. Assim, perceber se refere ao nosso modo de apreender o mundo natural, recortando-o segundo um viés sensório, cultural, ideológico e cognitivo. O conceito de percepção vem do latim Percipere, cujo sentido é: apropriar-se de.

Resumindo, pode-se dizer que os dados luminosos e espaciais obtidos do mundo natural são reoperados, ressignificados por meio das imagens, independente dos meios utilizados para realizá-las. Então, imagens podem ser produzidas de várias maneiras: modeladas, esculpidas, pintadas, grafadas por incisão ou desenhadas e também fotografadas.

Entendendo a imagem como configuração visível, pode-se dizer que representar é dar existência plástica ao que é apreendido nas relações entre o ser humano e o mundo sensível ou cultural por meio das manifestações que podem ser percebidas, apreendidas e realizadas visualmente por ele. Em última instância, imagem é aquilo que nos coloca em relação com algo, afeta nossos sentidos e promove a cognição, ou seja, gera, produz sentido, significação.

Toda imagem significa! Quer seja suas próprias condições, qualidades sensíveis e plásticas ou os assuntos e temáticas que aborda ou registra. Seu sentido mínimo é sua própria existência material. Podem ter um ou vários sentidos, cumprir uma ou diversas funções na sociedade, enfim, significam aquilo que a humanidade, a cultura lhe atribui ou quer que signifique.
Assim, as imagens são realizadas de acordo com o contexto no qual surgem e em função do que se espera ou se propõe que signifiquem. Cada cultura, tempo ou lugar tem a imagem que a identifique quanto à forma, estilo ou função.

Por milênios as imagens foram realizadas pela mão humana e dependentes de habilidades cognitivas e motoras das pessoas que as criavam. Num dado momento, deixam de ser realizadas exclusivamente pela mão humana e passam a ser feitas também por meio de aparelhos óticos.

A fotografia surge no século XIX, decorrente da busca por meios mais práticos para reprodução de imagens. Considero que a Fotografia surge como consequência da busca por meios de reprodução gráfica e não, necessariamente, como o fim em si mesma. Independente do modo com surge o importante é que passa a ser um dos meios de apreender e registrar o visível. Coincidentemente, no momento em que ela surgiu, a Arte Visual passava por uma série de transformações que abdicavam da tradição clássica acadêmica e adotavam novas estratégias criativas e discursivas, especialmente, por meio da experimentação estética. Portanto, a fotografia nasce em meio a essas transformações.

Por uma feliz coincidência, essa busca pela reprodução de imagens faz com que alguém consiga reproduzir uma imagem do natural sem intervenção da mão humana, ou seja, por meio da luz, assim surge a Fotografia, ou seja, do grego: Foto=luz + Grafia=desenho. Com isso, tudo o que era produzido por meio da pintura, do desenho, passa a contar com mais um meio, um aparelho ótico capaz de captar e registrar num suporte sensível e, além disso, passível de reprodução em série.
Bem, chegamos à fotografia, pode-se dizer então que ela é uma imagem plana, bidimensional e fixa, obtida por meio de um aparelho ótico-sensível passível de manipulação.

Se ela é o resultado da manipulação de um aparelho, o que faz com que esse aparelho seja capaz de produzir/reproduzir imagens?

O princípio da fotografia se baseia num fenômeno ótico que pode ser chamado de Estenopéico. Do grego, estenopo, significa orifício, furo. Uma informação luminosa, ao passar por um orifício, projeta essa informação na área oposta à fonte que a gerou. A constatação desse fenômeno proporcionou o surgimento da Camera Obscura, um ambiente fechado, em que se fazia um orifício numa de suas faces para que projetasse, na face oposta, a reprodução dessa informação.

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Primeira ilustração, de 1544, mostrando o fenômeno luminoso estenopeico na constituição de uma Camara Obscura.
O seu uso se destinava a facilitar o desenho. Essas câmaras eram grandes o suficiente para que uma pessoa entrasse dentro delas e reproduzisse a imagem projetada por meio de desenhos.
Representações dos séculos XVII, XVIII de aplicação do efeito estenopéico em Câmaras Escuras
Sugestão da projeção de uma imagem por meio de um estenopo.

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Ilustração sobre o princípio estenopeico, destinado à reprodução de imagens tomadas do mundo natural.

A Câmara Escura é o primeiro invento que recorre à obtenção de imagens por meio de uma projeção luminosa, contudo, ainda não é capaz de fazer com que a imagem, projetada na superfície oposta ao orifício, seja capaz de auto-registrar-se.

A primeira imagem obtida por meio exclusivamente fotográfico, ou seja, realizada sem o apoio da mão humana, foi considerada a que Joseph Nicephore Niépce, realizou em 1826-27, vista da janela de sua casa em Chalon-sur-Saône, frança.

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Esta é considerada a primeira imagem obtida por meio da luz realizada por Joseph Nicephore-Niepce em torno de 1826-27. 
Como é possível perceber, a imagem obtida pelo processo original, é muito precária, praticamente, um borrão.
Assim, surgem as comparações e a conclusão óbvia de que a fotografia não teria futuro, pois suas imagens eram piores do que as do pior dos artistas.
Contudo o desenvolvimento da ótica e dos processos químicos e depois digitais, tornou possível captar e registrar imagens exclusivamente por meio da luz. As fotografias se tornaram um dos meios mais eficientes de reprodução do visível desenvolvendo até a crença de que esse registro era sinônimo de verdade já que era tomado diretamente do mundo natural, sem intervenção da mão humana. Por isso, esse registro, passou a ser usado como um meio de documentação capaz de produzir o efeito de veridicção, pois se acreditava que: Uma imagem fotográfica não mente!

Ledo engano, como já disse: uma imagem fotográfica é obtida por meio de sistema ótico-sensível passível de manipulação!


Uma Câmera Fotográfica é um aparelho composto de elementos óticos e mecânicos capazes de ampliar a capacidade de um simples olhar. Possui ajustes para cada uma das possibilidades que se colocam diante dela sejam luminosas, espaciais ou temporais, ou seja, a imagem não é tomada direta ou espontaneamente do meio, mas sim decorrentes de escolhas, recortes, redesenhos e ressignificações que são, numa linguagem mais simples, manipulações.

Anatomia de uma DSLR
Esquema de uma câmera fotográfica digital, (https://davidtran.com.au/index.php?start=21)
Essa manipulação começa com o ajuste do estenopo, do orifício. Ele pode ser manipulado por meio da alteração de sua dimensão que pode ser aumentada ou diminuída o que implica em diminuir ou aumentar o Foco e a Profundidade de Campo. O mecanismo que possibilita estas variações se chama Diafragma. O efeito visual dessas manipulações resultam em imagens mais nítidas e com maior profundidade quando se usam aberturas pequenas e, ao contrário, quando se usam aberturas grandes, o efeito é oposto: menos foco e menor profundidade.

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Números F relacionados às variações de abertura do Diafragma.
Foco é a qualidade da imagem e Profundidade de Campo a capacidade de produzir foco em profundidade diante da câmera. Quanto menor a abertura maior é a PF, ao contrário, quanto maior a abertura, menor é a PF

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Usando abertura maior é possível produzir "foco seletivo", ou seja, focar parte da imagem e desfocar outra parte. Isso serve para reforçar o interesse sobre algo e reduzir o interesse do que não se quer destacar. ( https://br.freepik.com/ )
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Ao usar aberturas pequenas obtêm-se "foco contínuo", maior profundidade de campo.
 ( https://olhares.sapo.pt/profundidade-de-campo-foto1845343.html )
Isso não é tudo, dada a possibilidade de registrar a imagem luminosa num suporte sensível, esse suporte deve ser capaz de reter tal imagem. Ele é capaz de reter essa imagem desde que exposto por um dado período de tempo. Para ter uma ideia de período, diz-se que a imagem gravada por Niepce foi exposta durante oito horas. Um “instantâneo” como se diz, seria impraticável naquela época. Contudo, o desenvolvimento da química e depois dos sensores digitais, fez com que, hoje em, seja possível obter imagens em milésimos de segundo, logo, pode-se também manipular o Tempo de Exposição de uma tomada. O mecanismo que possibilita esta variação se chama Obturador. A base de cálculo para tal variação é o período de 1 segundo subdividido pela metade até frações milesimais. O efeito de sentido obtido por meio deste tipo de manipulação resulta em imagens “congeladas”, quando usamos velocidades altas e “borradas” quando usamos velocidades lentas. Assim aquilo que se movia no momento da tomada a imagem pode ser fixado ou não, logo: Borrar ou não, eis a questão!

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Uma tabela de velocidades do obturador relacionada ao tempo de exposição do sensor na câmera.
Velocidades mais rápidas fixam a imagem, velocidades mais lentas borram a imagem. Para melhor entender a tabela, é bom usar figuras:

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      1/500                                     1/30                                    1/10            

Esta imagem ilustra bem os efeitos de variação da velocidade do obturador de uma câmera fotográfica.
https://famous.brilio.net/ )

Deste modo, o que chamamos de Manipulação nesse contexto, se refere às condutas de “ajustar” os mecanismos e recursos da câmera às condições luminosas e ambientais para produzir uma imagem adequada ao sentido proposto, ou seja, compatíveis com o que se quer dizer.
Aqui reside uma questão prioritária na construção de imagens: O da fotografia que se recusa a ser um “espelho”, uma imitação, registro do mundo natural e quer se instaurar como um recurso de criação. Ao invés de ser uma fotografia documental, quer ser uma fotografia Autoral.
Nesse sentido, quer ter a mesma liberdade criativa e expressiva que os outros meios de criação artística possuem. Tal intenção é razoável já que boa parte das poéticas artísticas disponíveis no contexto da arte atual decorrem da vontade, das proposições e propostas dos artistas sem preocupações em serem fiéis ou não ao mundo visível. Porque só a fotografia deveria permanecer fiel ao “espelho do real”?

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Rayograph Spiral, 1923, Fotografia de Man Ray, um dos primeiros autores a abdicar da representação do natural e investir na criatividade, invenção e investigação fotográfica.

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Distorção, Andre Kertész, 1933.

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Edward Weston, 1930.

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Fotografia de José Yalenti, um dos brasileiros a incorporar o conceito de Fotografia Moderna.

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Fotografia de José Oiticica.

A partir do trabalho de artistas como Man Ray, Kertész, Weston, Yalenti e Oiticica, foi possível entender também a fotografia como afastamento do natural, explorando as possibilidades criativas e inventivas. Assim nasce a chamada Fotografia Autoral, que adotou a liberdade criativa e expressiva como qualquer outro meio de criação artística. 
Esse tipo de abordagem procura se afastar ao máximo da automação e dos modelos absolutos definidos e impostos pelos fabricantes de câmeras e pelas convenções socias da fotografia e, como recurso, recorre à ruptura ou à subversão do hardware, como explica Vilém Flusser, na Filosofia da Caixa Preta, e se torna dona de sua própria criação, expressão e significação.

Aqui volto para a questão inicial: Um smartphone é uma Câmera Fotográfica?
E repito a resposta inicial: NÃO!
Acredito que agora seja mais fácil explicar porquê.

O sistema de captação/edição de imagem de um aparelho de telefonia celular não corresponde às características tampouco aos recursos que uma Câmera Fotográfica possui.
Estes aparelhos possuem apenas softwares “simuladores de imagens fotográficas” e não produtores de fotografias.

Uma câmera fotográfica possui diferentes componentes passíveis de ajustes que se destinam a adequar as condições luminosas e espaciais à imagem que se pretende criar e, os Smartphones não. Eles não possuem Diafragmas, obturadores, lentes variáveis e/ou manipuláveis que são os elementos distintivos e característicos de uma câmera fotográfica. Nesse caso, não há possibilidade da realização de ajustes relacionados à luz, ao foco, à velocidade, à sensibilidade e tampouco possibilitam a variação de lentes.

Contudo, como possuem softwares para processamento de imagens altamente sofisticados, apresentam excelentes resultados, muitas vezes, melhores do que se a mesma pessoa optasse pelo uso de uma câmera fotográfica no lugar de um Smartphone. Obviamente porque estes aparelhos são projetados para dar ao usuário a sensação de domínio sobre as habilidades fotográficas.
Se as câmeras profissionais possibilitam a captação e edição de imagens segundo os interesses do autor, os smartphones só fazem imagens de acordo com sua programação/automação.
Somos enganados ou iludidos por estes aparelhos, já que eles limitam nossa intervenção sobre eles? Então o que fazer a partir de tais limitações?
Nesse caso há limitações quanto ao tipo de imagens que se pode obter, mas não se é impedido de obter imagens. Mesmo assim é possível atuar no processo de tomada da imagem e impor a ele uma boa dose de autonomia criativa.

Desde sempre as imagens fotográficas foram resultantes das opções do autor. Obviamente que tais opções podem ser limitadas ou expandidas de acordo com as condições técnicas, conceituais, estéticas ou mesmo ideológicas. Entretanto, no contexto da Arte, não há limitações.
Independente dos ajustes de uma câmera fotográfica ou a falta deles num Smartphone, a escolha do assunto é uma opção do autor, logo, a primeira pergunta que se deve fazer ao decidir fazer uma imagem é: O que eu quero registrar?

O que é relevante para mim ou para os outros que me leva a pensar em registrar?
Se esta primeira questão foi resolvida, se uma abordagem, tema, assunto ou proposta foi definida, a questão que vem a seguir é:
Como eu devo registrar?
O que leva a outra questão:
Como recortar a cena que está diante de mim? Como selecionar os elementos e o espaço que se coloca diante de mim? Como transformar aquilo que tenho à frente em imagem?

Assim chegamos à COMPOSIÇÃO uma das coisas que, independente do meio que se usa para fazer fotografias, é comum a todos eles.
Composição é o nome dado ao processo de organizar o espaço virtualizado pela imagem nos limites do suporte visível.
A tradição artística definia regras para composição: segmento áureo, regra dos terços ou simetrias eram recursos usados pelos artistas para organizarem o espaço em suas obras desde a antiguidade. A Fotografia, como filha da Arte e da Tecnologia, seguiu os mesmos passos. O recurso mais comum, recomendado por muitos fotógrafos, para fazer fotografias é a regra dos terços.
    
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Construção do Retângulo Áureo, indicado desde a antiguidade para organizar o espaço de modo não simétrico.

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Regras de Fibonacci para definir as proporções espaciais.



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Grid da "regra dos terços", indicada para compor imagens fotográficas.

Como se vê, há várias indicações e regras para organizar o espaço compositivo, mas lembre-se sempre da primeira, unica e definitiva regra: Não há regras!
Um ponto a favor: a tela do aparelho é retangular e pode ser posicionado na horizontal, vertical ou diagonal. Nesse sentido, a Composição é então o recurso que resta, considerando que os Smartphones não são câmeras fotográficas, mas são preparados para construir imagens já tratadas. Assim é possível obter boas imagens nesses aparelhos.

A primeira questão que deve ser considerada é: Qual a melhor posição para tomar a imagem?
Em fotografia chamamos a isso de Enquadramento.
O enquadramento é a posição em que o autor observa o ambiente para recortar a imagem que quer registrar e o que se pretende dizer com ela. O enquadramento ou recorte pode ser feito a partir de vários ângulos na tomada ou ainda na edição.

Um enquadramento convencional é o Central:

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https://www.publicdomainpictures.net/

O enquadramento lateral dá um toque mais dinâmico à imagem:

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Cannon College.

Acima/ascendente e Abaixo/descendente ou ainda combinando estas posições
Cada um deles impõem sentidos diferentes às imagens.

Resultado de imagem para fotografia enquadramento
Tomada Ascendente, aumenta a pressão da dimensão sobre o observador.

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Tomada Descendente aumenta o domínio do espectador sobre o ambiente. (https://pauzicka.zoznam.sk/)
Outra questão importante é a Distância da tomada, grandes distâncias falam sobre o todo, imagens mais próximas revelam detalhes e descrições mais apuradas.

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Uma tomada à distância revela aspectos gerais, dão uma visão panorâmica e informam sobre o todo. (https://www.urbanarts.com.br/)
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Uma tomada próxima revela detalhes mais significativos sobre o assunto, explica melhor. (https://www.shutterstock.com/)
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Tomadas próximas, como um close, revelam muitos detalhes, como textura e detalhes da imagem. (https://br.pinterest.com/)
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A macrofotografia é um tipo de aproximação extrema, amplia a tomada e revela detalhes que, nem sempre o olho é capaz de perceber. (https://fotografianinja.com.br/)
Além disso, há a possibilidade de tratamento, edição, no próprio aparelho ou ainda em softwares de edição de imagens. Alguns aparelhos já possuem aplicativos capazes de melhorar as imagens é só localizá-los e experimentá-los. Além disso é possível “baixar” gratuitamente aplicativos de tratamento de imagens para smartphones em vários sites.

Enfim, só não cria quem não quer. Aproveite as informações e seu gadget, afinal ele não foi feito para falar mesmo... curtam e compartilhem, agradeço. 








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